Segundo Reinado – Plano Politico(Revoltas, Conflitos e a Guerra do Paraguai)
novembro 12, 2008 às 2:55 am | Publicado em História | 7 ComentáriosLogo que assumiu o poder pelo golpe da maior idade D. Pedro II teve que enfrentar a fase da Pacificação onde impôs com a ajuda do poder moderador, da guarda nacional, e da inteligência recatada de seu avô (assim como D. João VI ele preferia pensar antes de tomar qualquer atitude dificil e enrolar seus inimigos o quanto pudesse). O primeiro ministerio que ele aprovou foi o chamado “Ministério dos Irmãos” pois era formado pelos irmãos Andrada (o mais velho fora seu tutor após a abdicação de D. Pedro I) e pelos irmãos Cavalcanti de PE, todos eram Liberais (com o fim do Periodo Regencial os Progressista se tornaram Liberais e os Regressistas se tornaram Conservadores, mas nada mudava na prática, “Não havia nada mais conservador do que um liberal no poder e nada mais liberal do que um consevador na oposição”, essa frase foi dita por um politico da época, ou seja, os liberais e conservador eram farinha do mesmo saco, só brigavam entre si para ver quem ficava no poder. Para manterem o poder não perder o poder que demoraram tanto a por as mãos os liberais viram que a única alternativa era fraudar as eleições que decidiriam os deputados. A fraude foi tão escancarada que ficou conhecida como “Eleições do Cacete“. Os conservadores reinvidicaram tanto que D. Pedro II foi obrigado a demitir o ministerio dos liberais e convocar novas eleições, assim os conservadores voltavam ao poder e os liberais voltavam para a oposição. Em 1847. D. Pedro II institui o Parlamentarismo, abdicando do poder Executivo (ele não gostava de holofotes e quis agradar os seus ministros) só que o parlamentarismo brasileiro era às avessas (ao invés de ser que nem o inglês onde o 1º ministro pode dissolver a câmara para tentar ter apoio do povo, se isso não ocorrer ele é demitido e um novo 1º ministro é escolhido até que câmara e o líder do poder executivo concordem entre si, aqui não. O imperador nomeava o 1º ministro, se ele não tivesse apoio da câmara ele demitia o lider do executivo se o próximo não tivesse apoio da câmara ele demitia a câmara, ou seja, D. Pedro II continuava a controlar tudo), e chegou a ter Gabinetes Luzias (nome dado aos ministérios controlados por Liberais, pois foi na cidade de Luzia-MG que os liberais sofreram uma das suas primeiras derrotas em revoltas) e Gabinetes Saquaremas (praia do RJ onde os Liberais acusavam os Conservadores de tramar seus planos), houveram dois ministérios em que Liberais e Conservadores se entenderam.
Revoltas Liberais de 1842:
Tanto em São Paulo, como em Minas Gerais os Liberais não aceitaram a repressália feita por D. Pedro II ao demitir o ministério do irmãos. Tanto que em 17 de maio estourava a primeira revolta em SP, dezesseis dias após a dissolução da câmara eleita nas “eleições do cacete”. A revolta foi rapidamente sufocada, em 10 de junho estourava em MG a segunda revolta onde eles proclamaram um presidente da replúbica. Em 20 de junho SP se insurgia novamente, mais uma vez frustrada. A última revolta ocorreu em 20 de agosto na cidade Luzia, daí o apelido dos conservadores para com os liberais de “Luzias”
A Revolução Praieira (1848):
Foi mais um movimento Nativista ocorrido em Pernambuco (não tinha carater separatista) e foi fortementente influenciada pelo sentimento de nativismo, lusofobia e liberalismo. O poder em Pernambuco era controlado por três familias aristocratas: Cavalcanti (possuia um um terço das grandes propriedades pernambucanas), a Rego Barros e a Albuquerque Maranhão. Elas se juntavam não só para ter o controle politico-economico da região, se juntavam também para destruir minifundios e incorpará-los a seus latifúndios. Acusando os Cavalcanti por seu excessivo conservadorismo, que eram Liberais, os Liberais mais radicais de Pernambuco fundaram na Rua da Praia o jornal: Diário Novo, em oposição ao Diário de Pernambuco que era dos Cavalcanti e fundaram junto com o jornal o Partido Praieiro, passando a divulgar as ideias liberais. Com o rodizio de de ministerios de D. Pedro II, Antônio Chichorro da Gama, liberal radical que tentava diminuir o poder dos Cavalcanti na provincia e fortemente apoiado pelos praieiros, foi demitido e um “Gabiru”, apelido dado aos conservadores pelos praieiros, chegou ao poder, esse fato fez eclodir a revolta.
Com o estouro da revolta os praieiros publicaram o “Manifesto ao Mundo” em que defendiam a independencia comercial das provincias (descentralização e federalismo, se baseando no modelo politico dos EUA), o fim do senado vitalicio, a destituição do poder moderador, garantia de trabalho ao cidadão (com o trabalho escravo ou se era desempragado ou dono de terras), nacionalização do comércio e defesa das eleições livres. Em alguns locais o movimento não chegou a revolta armada ficando no consenso entre liberais e conservadores, em outros locais como em Olinda e Recife houve levante armado e o Cap. Pedro Ivo, o Gan. Abreu e Lima e Borges da Fonseca lideraram as vitorias liberais. A revolução teve influencia do fim total do absolutismo na Europa, mas não chegou a falar em Socialismo como a Revolução de 1848 na França falou.
Politica Externa Brasileira no Segundo Reinado:
Inglaterra:
Em 1844, Alves Branco, ministro conservador propôs que a Tarifa Alves Branco, uma tarifa protecionista que acabava com esperança do Ingleses de manter dominio sobre a economia brasileira, pois a partir de agora qualquer produto importado teria de pagar uma taxa de advaloren de 30% e se o produto fosse produzido no Brasil teria de pagar uma taxa de 60% (a medida foi mais para acabar com a Guerra dos Farrapos do que para fortificar o mercado brasileiro) e visava aumentar a arrecadação de impostos. Os ingleses não deixaram barato isso, em 1845 o parlamento inglês aprovava a Bill Aberdeen, em que os ingleses passaram a tratar o comércio de escravos como tráfico, daí a expressão Tráfico Negreiro. A lei visava atingir o Brasil diretamente, pois era o nosso país o principal e praticamente o único a continuar com o comércio de escravos negros, os traficantes passaram a jogar no mar sua ‘carga’ quando viam navios ingleses se aproximando. Os ingleses aprovaram uma emenda na lei em que se fosse verificado o navio servia para o comércio de escravos ele seria apreendido e o comandante da embarcação seria julgado nos tribunais ingleses. Isso era uma ‘declaração de guerra’ explicita, pois a Inglaterra agora não só impedia o comércio como apreendia os navios, o parlamento brasileiro corajosamente aprovou a Lei Eusébio de Queirós, proposta pelo ministro de mesmo nome, em que abolia o tráfico de escravos. Depois de muito tempo os ingleses passaram a provocar os brasileiros em episódios envolvendo seu embaixador William Dougal, que prepotentemente exigiu indenização do valor do navio inglês que encalhou na costa brasileira e foi saqueado pelo povo, a prisão de policiais que prenderam marinheiros inglês bebâdos que causaram baderna no RJ e passou a apreender embarcações brasileiras na costa brasileira, o normal seria o Brasil declarar guera a Inglaterra, mas D. Pedro II inteligentemente pediu a intervenção de um país arbitrário para resolver a relaçã, a Bélgica foi escolhida e ela favoreceu o Brasil. D. Pedro II exigiu apenas um pedido de desculpas, os britânicos se negaram e o Brasil rompeu as relações com o Reino Unido.
Guerra do Paraguai:
Para manter as comunicações e relações ecônomicas inter-provincias do norte/ centro-oeste com as do sul/ suldeste era vital para o Brasil a livre circulação pela Bacia Platina. O mesmo ocorria com o Paraguai (que não tem saida para o Oceano Atlântico), e mesmo ainda estar em conflito com o Paraguai pelas terras no MS, o Brasil sempre esteve apoiando o Paraguai, pois não queria que a Argentina completasse seu antigo sonho de reestabelecer o antigo vice-reino da platina (Paraguai, Uruguai e Argentina). Já era a favor de cobrança pelo uso da Bacia Platina, restava ao Uruguai pagar o pato. As questões politicas no Uruguai acirravam ainda mais as disputas entre Brasil e Argentina. O primeiro apoiava os Colorados, burgueses de Montevidéu que precisavam da livre circulação pelos rios da bacia platina para obter negócios, a seguna apoiava os Blancos, latifundiários produtores de chaque (concorrentes diretos com os gaúchos brasileiros). Além disso a Inglaterra (antes de romper laços com o Brasil) apoiava as ações do Brasil e muitas vezes eram os reais mandantes. Em 1851 o Brasil intervém pela primeira vez no Uruguai, na chamada Campanha contra Oribes, titando os Blancos do poder e dando o poder aos Colorados liderado por Fructuoso Ribeira, daí a Argentina passou a hostilizar Brasil e Paraguai, tinha inicio a Campanha contra Rosas da Argentina, em que o Brasil colocou no poder a oposição liderada pelo Gan. Justo Urqueza.
Desde sua independencia o Paraguai havia decidido voltar sua economia para o mercado interno, pois não tinha saida para nenhum oceano e mesmo com a Bacia Platina não tinha como crescer se baseando na economia ligada ao mercado externo. Em 1840 o Paraguai chegou a erradicar o analfabetismo e Francisco Solano Lopez, terceiro presidente paraguaio, percebeu que agora não havia mais como o Paraguai crescer sozinho e passou a arquitetar um plano para conseguir a sonhada saida para o Atlantico. Para começar sua politica do “Paraguai Maior”, Solano Lopez começa colocando no poder o Blanco Atanásio Aguirre, contrariando Brasil e Argentina que agora eram aliados aos Colorados e ainda avisou a eles que se intervissem estariam agredindo o Paraguai, eles ignoram o aviso de Solano Lopez e colocam no poder o Colorado Venâncio Flores achando que o Paraguai estava blefando ao afirmar que já tinha pronto 60.00 homens contra 24.000 dos aliados (18.000 do Brasil, 5.000 da Argentina e 1.000 do Uruguai). Solano Lopez aprisionou o navio brasileiro, o “Marquês de Olinda”, e invadiu o MT e MS após a exigencia de indenização do Brasil. Ele pediu que a Argentina deixasse suas tropas passarem para ele intervir novamente no Uruguai, os Argentinos se negaram é claro e Solano Lopez invadiu do mesmo jeito. Em 1º de maio se formava a Triplice Aliança (Brasil, Uruguai e Argentina -> não confunda com a Triplice Aliança da 1ª Guerra Mundial!) que juntos lutaram contra o Paraguai.
O Paraguai tinha na época da guerra cerca de 400 mil habitantes, e foram mobilizados quase 70 mil homens. O Brasil passou a obrigar o alistamento para todos jovens de a partir de 18 anos. Os primeiros volutários começaram a desertar e em São Paulo o presidente da provincia chegou a divulgar um recital onde capturou vários soldados. Os jovens se disfarçavam de mulher para furgi das guerras, D. Pedro II então percebeu qual seria a solução, incluir a maior parte da sua população na guerra: os escravos, e para isso precisava tocar nos donos deles, o alistamento de filhos de donos de escravos passou a ser obrigátorio tambem e no lugar deles o dono mandava vários escravos, e os que sobreviviam seriam alforriados. Daí o Paraguai passou a ser massacrado. 96% da população masculina estava morta, havia 1 homem para cada 80 mulheres. O governo teve que autorizar a poligamia e o pais derrotado voltou a ser analfabeto, pobre e dependente do mercado externo tendo 40% do seu territorio perdido na guerra. Quem mais se beneficiou com isso? Não, não foi Brasil, Argentina ou Uruguai, os três voltaram da guerra com dívidas enormes e o primeiro com soldados com cabeça republicanas e abolucionistas. O verdadeiro vencedor da guerra foi a Inglaterra que tratou de reatar com o Brasil durante a guerra. Mas lembre-se, a Inglaterra não foi a culpada da guerra, ela se aproveitou da situação e incentivou o começo dela.
aí em cima continua o segundo reinado
Bruno Tôp
7 Comentários »
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eu adorei este site vcs esta no caminho certo…
Comment by damiao— dezembro 3, 2008 #
gay abaixo
Comment by eu— maio 25, 2009 #
gay acima
Comment by eu— maio 25, 2009 #
OK.. THE BEST!!
Comment by PIU— agosto 25, 2009 #
vlw
me ajudou mto.
Comment by George— setembro 10, 2009 #
eu adorei gata
Comment by robson— novembro 3, 2009 #
odeio estudar historia!!!
Comment by sara e rafa— novembro 16, 2009 #